Ana pegou suas metas feitas para 2015 e começou a conferir seus ganhos e perdas. Percebeu que não havia feito a tão sonhada viagem para os Estados Unidos, nem trocado de carro, também não conseguira casar pós cinco sofridos anos de noivado, ao contrário, agora ela já nem namora mais.
Por um instante Ana se entristeceu, se julgou derrotada por não atingir sequer uma meta da enorme lista de desejos.
Mas quase que instantaneamente, um belo sorriso surgiu ao se lembrar da viagem para Porto Seguro com as amigas após o fim do noivado, ou melhor livramento, agora Ana não ama mais loucamente o Pedro, mas a ela mesma. Ela teve de flagrá-lo com sua "melhor amiga" para perceber que aquela já era há muito tempo uma relação fracassada, e quando se divertiu alucinadamente nas praias da Bahia, percebeu que nem era amor, mas apego, conformismo e com certeza está bem melhor assim.
Agora Ana conhece um dos melhores tipo de amor, o próprio. Ela agora entendeu que não precisa sair do país para mudar de ares, basta mudar a direção da respiração. Que ter o carro do ano não indica a direção do sucesso, mas o caminho que o velho percorreu. Que não precisava conhecer alguém para viver o grande amor da sua vida, apenas se encontrar.
Esse ano, Ana não fez aquela infinita lista, como de costume, ela deixou o papel totalmente em branco, pois sabe que o melhor ano de sua vida, poderá e será escrito a qualquer momento, ela não sabe o que a espera no Novo Ano, mas tem a certeza que será outro ano inesquecível, agora que será projetado não mais por ela, mas por Deus, o escritor dos melhores dias de sua vida.
Scarleth Menezes
gostei do título
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