Muitas pessoas que estavam preocupadas com o caso da adolescente Débora Maranhês, de 15 anos, (saiba mais aqui ) ficaram surpresas quando a imprensa noticiou que o sequestro fora inventado. Após as contradições não baterem e levantarem suspeitas, a garota contou à Polícia Civil em depoimento na Delegacia de Vigilância Geral de João Monlevade, que saiu por vontade própria, fugindo de casa. Segundo a Polícia Militar, ela ainda teria uma carteira de identidade falsa, com nascimento em 1º de março de 1997, sendo a verdadeira data de nascimento 1º de março de 2000. O documento fora encontrado pelos militares em um vaso sanitário. Graças a Deus, não foi nada grave, porém, quem vai recuperar as horas de agonia da mãe e o tempo que a polícia perdeu com mais um caso "inventado"? E as pessoas que realmente precisaram de ajuda (e não receberam) enquanto a polícia procurava a menina?
Esse é apenas mais um exemplo da inconsequência desmedida da nova geração. Claro que inconsequência sempre existiu, teimosia é mais velho que andar para frente, como já dizia minha vó. A grande diferença é que antigamente as crianças aprendiam em casa a consequência de seus atos, vezes pelo castigo, vezes pela antiga palmada. Hoje os pais não podem mais "educar" à moda antiga. Na minha época (há pouco mais de 10 anos) nós entendíamos a bronca pelo olhar, pelo gesto e quando acontecia de virem as palmadas nós sabíamos sim porque apanhávamos, (hoje até damos razão aos nossos pais) e isso não gerou nenhum trauma, ao contrário, estabeleceu uma relação de respeito e hierarquia, enquanto hoje os filhos comandam os pais, ditam as regras da casa, os mandam "calar a boca" e tudo mais. Quem mais sofre com esse novo método de conversação (muita conversa e pouca ação) , são os professores/educadores, que convivem com casos de "invenção" todos os dias (vocês ficariam surpresos com as histórias que já presenciei). Difícil acreditar que crianças tão pequenas tenham tanta capacidade para criar histórias e por consequência, situações (a maioria envolvendo polícia e/ou conselho tutelar).
Vale lembrar que como tudo na vida, deve-se ter equilíbrio e bom senso. Um filho não é propriedade dos pais para que eles façam o que bem entender, mas uma missão presenteada por Deus para que os conduza da melhor forma ao caminho do bem, com amor e respeito, primeiramente. Citando o saudoso sábio Içami Tiba "Quem ama educa". A verdade nua e crua, é que a correção virá, mais cedo ou mais tarde, ou pelos pais dada como prova de amor, ou pela vida (provavelmente pela polícia) como amostra grátis de dor. Faça sua escolha.
Excelente !
ResponderExcluirRealmente, a geração educada com palmadas está muito mais orientada na vida, enquanto a geração do diálogo está totalmente perdida. Agora só falta a família da Débora dar uma festa de boas vindas ou uma viagem como forma de amenizar os "momentos de sofrimento" vividos por ela. Agora é hora do impor limites, retirar celular, internet e com certeza ela não vai morrer se perder o direito aos cinemas com amigas, festinhas e outros mimos.
ResponderExcluirExcelente! Realmente são palavras de educadora. As vezes todos saem e saímos da risca, mas é preciso esforço para andar na mesma.
ExcluirSó li verdades
ResponderExcluirela na quarta feira estava em seu facebook esbravejando contra a "imprensa sensacionalista", depois acho que alguem com juizo mandou que ela apagasse. Tenho filha na idade dela e deixa fazer coisa errada pra ver se o chinelo não come!
ResponderExcluirParabéns! Gostei muito do seu comentário.
ExcluirQue belo texto! Lúcido! Infelizmente essa é a verdadeira situação das crianças/adolescentes dos dias de hoje.
ResponderExcluirParabéns por ter dito a mais plena verdade! Lembra da XUXA, a rainha dos baixinhos,uma mulher que é "exemplo" de conduta, lá em Brasília, lutando contra as palmadas? FODA!!!! Tenho um filho pequeno e tenho muito temor sobre o futuro dele nesta sociedade sem limites. DEUS nos ajude.
ResponderExcluirPara impor limites, não é preciso bater. Uma conversa colocando de forma clara e firme as regras do jogo e um bom castigo quando as regras não são cumpridas, funcionam muito mais do que palmadas. O grande problema é que hoje os pais não se dedicam à educação dos filhos , a acompanhar a vida deles, dar amor e ao mesmo tempo cobrar responsabilidades. Passar a mão na cabeça do filho para redimir a culpa pela falta de dedicação e cuidado é o que mais acontece hoje em dia com os pais. Educar não é fácil, é um jogo de erros e acertos. Por isso acho que julgar as pessoas não é o melhor caminho. Mas uma coisa é certa: Nós, pais, nunca devemos abrir mão de impor limites aos filhos, de dizer não na hora certa. Por outro lado, também devemos estar atentos e procurar compreender as demandas deles e orientá-los sempre. com amor, carinho, respeito e firmeza. Sobre esse caso específico, prefiro não apontar o dedo, pois não conheço os verdadeiros motivos que levaram essa adolescente a agir assim.Talvez ela estivesse vivendo um profundo conflito existencial e não tenha encontrado na família o apoio necessário para resolvê-lo. A atitude dela mostra uma criança perdida, à procura de sim mesma, buscando sua identidade inclusive sexual e totalmente desamparada.
ResponderExcluirMelhor texto para retratar as inconsequências juvenis, não há!!! Isto é perfeito!
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